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quarta-feira, 17 de agosto de 2022

A aldeia de Lamas

 




Quinta de Lamas -  O imóvel desenvolve-se em dois pisos e possui planta em forma de U. A cobertura varia entre telhado de duas águas, como é o caso da capela, e telhados de mais águas nas restantes secções. A fachada principal, voltada a nascente, é marcada por uma escadaria central de dois lanços com guarda em ferro forjado, que conduz à entrada do andar nobre. Sob esta escada, abre-se uma porta com arco abatido, ladeada por dois óculos laterais.

A restante composição da fachada é de grande simplicidade, com predominância de vãos de porta no piso térreo e janelas no piso superior. Ao longo de toda esta fachada estende-se um lambril de azulejos de fabrico recente. Numa das extremidades do edifício localiza-se a capela, voltada para o pátio, alinhada com o alçado. A sua expressão formal é bastante sóbria: sobre a porta de entrada, com padieira ornamentada com volutas, encontra-se uma janela à altura do coro, e um friso que se prolonga pela fachada através da cornija. Este friso, juntamente com o remate do telhado de duas águas, forma um frontão triangular, encimado por uma cruz central e dois fogaréus nas extremidades.

A fachada noroeste, voltada para os terrenos de cultivo, apresenta uma série de portas e postigos no piso térreo, enquanto o andar nobre é ritmado por janelas. O acesso ao terreiro faz-se através de um portal com arco abatido, ladeado por pilastras, sobre o qual se destaca um brasão esquartelado, possivelmente representando as famílias Aguiar (?) Maia (?), Barros(?) e Pereira(?)

- A aldeia de Lamas vem referida no primeiro assento de óbito registado na freguesia (20 de novembro de 1588), embora a quinta de Lamas (ou da Viscondessa, no século XIX), próximo do centro do lugar, tenha sido doada pelo bispo do Porto no século XII, em conjunto com a Fonte do Outeiro, ao mosteiro de Águas Santas. Ainda no séc. XVI há registos relativos a Paranhos, que referem a "aldeia de Lamas" (há também referências a Bouças, Tronco, Cabo, Couto, Fonte, Regado, Agueto). O lugar de Lamas surge nas Memórias Paroquiais de 1758 com 35 vizinhos, um dos mais habitados da paróquia, o que demonstra o seu crescimento. Em 1834, o coronel Arbués Moreira, na sua Carta Topográfica das Linhas do Porto (Cerco do Porto), indica a existência do forte de Lamas. Tal como o topónimo indica, este lugar estaria situado junto a linhas de água ou zonas húmidas, áreas em que os solos são férteis, propícios ao cultivo de cereais e para pastagem. 




domingo, 30 de abril de 2017

A QUINTA DE LAMAS

Solar/Quinta está classificada como arquitectura civil, e situa-se no Lugar das Lamas, em Paranhos, O primeiro proprietário do solar, de que há registo, teria sido o visconde de Roriz que morreu em 1858 e, o último, a família Canavarro.





















Para uma informação mais precisa consulte os links abaixo ( uma pequena, mas importante contribuição de Aníbal Styliano Costa e Manuela Brás Costa, Separata do Boletim Cultural da Câmara Municipal do Porto - 1987/88)


http://arquivodigital.cm-porto.pt/ArquivoDigital/winlibimg.aspx?skey=&doc=494248&img=6810

http://arquivodigital.cm-porto.pt/flexpaper/flexpaper.aspx?skey=&doc=494248&img=6810

Nos dias de hoje, a Quinta de Lamas é ocupada por Parque inaugurado em 2015, da responsabilidade da Universidade do Porto "O novo parque verde já está aberto à população, conta com três hectares, 18 mil metros quadrados de área relvada, 700 árvores e arbustos, zonas de desporto informal e percursos cicláveis. O projecto de requalificação, coordenado por Paulo Farinha Marques (arquiteto paisagista e professor da Faculdade de Ciências da Universidade do Porto) destaca-se pela larga alameda arborizada que faz a ligação visual e física entre a FEUP e FEP, pela grande clareira relvada e pelo "destapamento" da Ribeira da Asprela, que ali passava entubada e agora corre a céu aberto, com leito e margens naturalizados.  A empreitada, da responsabilidade da Universidade do Porto, representou um investimento de cerca de 1,1 milhões de euros, co-financiados em 750 mil euros pelo Banco Santander Totta. Seguir-se á uma segunda fase na construção da zona verde da Asprela, cujo lançamento foi formalizado hoje com a assinatura de um protocolo de colaboração. Em parceria, a Universidade do Porto, o Instituto Politécnico do Porto, a Câmara Municipal do Porto, a Águas do Porto e a Porto Lazer vão aliar esforços no sentido de alargar a área verde do Parque da Quinta de Lamas a um terreno contíguo, entre as ruas Roberto Frias e Dr. António Bernardino de Almeida." Fonte Câmara Municipal do Porto.


Vista aérea da zona rural de Paranhos, desde a Quinta de Lamas (das Viscondessas de Roriz, Norte), na Rua Dr. Manuel Pereira da Silva, à Colónia Dr. Manuel Laranjeira (Sudoeste). Identificando-se, o Cemitério de Paranhos, o Bairro de Casas Económicas de Paranhos, na Rua Dr. Manuel Pereira da Silva; e a Quinta de Santo António, na Rua Dr. Júlio de Matos.
1939 - 1940