Património Comercial, Industrial e Agrícola

 Paranhos Comercial, Industrial e Agrícola


Paranhos ocupa um lugar de eleição na vida da segunda cidade do país, e marca também brilhantemente o seu valor, pelo esforço que representa para a dignificação do Porto, a tradicional cidade do Trabalho e do Progresso.Na rua do Ameal temos alguns estabelecimentos de comércio que merecem referência. Entre eles, no nº736, a casa de utilidades de todo o género Tonilice, com vendas a prestações com bónus, etc. Lá encontra-se de tudo por pouco dinheiro e é-se atendido com urbanidade.

Nesta época em que 71.000 carros circulam actualmente em Portugal, não podemos deixar de dizer que também em Paranhos se encontram excelentes garagens, de toda a confiança para recolha de automóveis. Citaremos, entre outras, a Garagem do Marquês, à rua Visconde de Setúbal, 66, com oficina anexa de pintura e reparações.Em edifício que acaba de passar por importante transformação, esta estação de serviço dispõe de todos os requisitos modernos e indispensáveis para que possa competir com as melhores no seu género. Honra esta freguesia! Possui pessoal experimentadíssimo dirigido por quem conhece a fundo esta actividade, como seja o Sr. Bento Pereira Gonçalves.Também a Garagem Lindo Vale, sita nesta rua, merece uma boa referência, com Praça de Táxis no Campo Lindo, servida pelo telef. 42580. Prestemos homenagem ao Sr. João Ferreira Carvalho, seu proprietário, homem de espírito desempoeirado e pronta iniciativa para quem os obstáculos não contam.

Entre as importantes organizações fabris da freguesia não podemos deixar de citar a Fábrica da Areosa, da importante firma Azevedo, Soares e Cª, Lda., que é pelas suas modelares instalações, pelo seu pessoal e pelos requisitos modernos que possui, um dos primeiros estabelecimentos industriais da Península.

Também a União Metalúrgica da Fontinha, fábrica mecânica de ferragens, especializada em toda a classe de fechaduras, guarda-jóias, pregarias, etc., está montada com todos os requisitos, possuindo cada uma das suas grandes secções material moderno e competente.

A Companhia Fabril de Louça Esmaltada é uma empresa que honra a indústria nacional com a sua magnífica louça de ferro esmaltado e de alumínio da já afamada marca «Leão».

A Fábrica de Malhas do Ameal, Lda., dotada com as mais aperfeiçoadas máquinas de acabamento, está a produzir meias nylon, que pela sua alta qualidade se podem considerar o orgulho da Industria Nacional. Os produtos desta fábrica são conhecidos em todo o país, satisfazendo plenamente uma vasta clientela.

Sociedade Industrial Vitória, explorando a industria de moagem com fábrica na rua de S. Dinis.

No tocante à agricultura devemos dizer que já Pinho Leal no seu Portugal antigo e moderno dizia que Paranhos era fértil em todos os géneros agrícolas do país e criava muito gado bovino, que ate se exportava para Inglaterra. Dizia mais que haviam lá, em 1875, muitas ricas e famosas quintas e belas casas de habitação.Vamo-nos referir a uma das propriedades rurais de Paranhos que marcam pelo progresso verificado nas suas produções agrícolas. É ela a Quinta da Telheira, pertencente ao Sr. António José de Maia e Silva. De grande área, aproximadamente uns 16 hectares, possui largas culturas de feijão, batata, excelente vinho verde, centeio, castanheiros, árvores de fruto, etc. Tem touros reprodutores, gado de trabalho, aviários, etc., tendo ganho vários e merecidos prémios nas várias exposições pecuárias a que tem concorrido, como sejam a de Leça do Balio, Barreiros da Maia, etc.

O Sr. Maia e Silva é um industrial inteligente, mas que tem verdadeira paixão pela agricultura. O caseiro desta propriedade é o Sr. Joaquim Bento da Silva, homem devotado aos trabalhos agrícolas como os que mais o são, considerado trabalhador e gozando de bom nome na freguesia.

Licínio Gomes Ferreira, Lda. é uma firma que tem assinalada a sua posição no fabrico de malhas exteriores com a marca Nonpareil, sem rival nos nossos mercados. O Sr. Licínio Gomes Ferreira, industrial de largas vistas e invulgar actividade, mudou as instalações da sua fábrica em 1946 para a rua Antero de Quental, onde agora está em edifício próprio, amplo e arejado, devido ao desenvolvimento tomado e para melhor poder servir a sua numerosa clientela.

António d’Oliveira Borges, figura marcante na sociedade portuense, possui uma importante fábrica de lonas na rua 9 de Abril.

A Fábrica de Malhas Porto, Lda., é bem uma legenda que nos sugere logo as suas excelentes meias e peúgas, dum fabrico exemplar e esmerado.

A Progressiva, Lda., é uma fábrica notabilizada em tecidos de seda, tinturaria e telas para gabardines, o que há de melhor.

Alexandre Ferreira Tavares é um técnico especializado, construtor de máquinas para todas as indústrias, com serralharia na rua Álvaro Castelões, de cujas oficinas têm saído os mais bem acabados trabalhos.

A Fábrica Nacional de Passamanarias da rua Álvaro castelões, de Morais & Marques, impôs-se pela forma como lá se trabalha e são apresentados os seus artigos demonstrando a provada competência dos seus técnicos.

O Sr. Agostinho Cardoso possui uma modelar oficina de reparações de automóveis, estando apetrechada com os mais modernos e aperfeiçoados maquinismos. Não esquecer que esta casa é especializada em trabalhos nos carros americanos e Volkswagen!

A Electro Metalúrgica do Campo Lindo é especializada no fabrico de artigos de electricidade sob a direcção do sr. António Pelicano, um técnico abalizado.

A Miguel Bombarda, Lda., é uma organização fabril modelar, que dá lustro a Paranhos, com oficinas na rua 9 de Abril, produzindo candeeiros, aparelhagens eléctricas, etc.

Irmãos Sás, Lda., da rua Maria Pia, é uma organização que merece destaque, pois sendo uma fábrica de ferramentas, de lá têm saído trabalhos que muito honram a Indústria Nacional.

A Estamparia e Acabamentos Reunidos, Lda., é uma vastíssima organização com sede na rua Honório de Lima, cujos belos trabalhos são poderosas legendas de arte e bom gosto inigualáveis.A Sociedade Industrial de Raione, Lda. é uma verdadeiro empório industrial, sito à rua Honório de Lima, 410, de tinturaria, estamparia, tecelagem e acabamentos, cujos produtos são bem demonstrativos dos excelentes técnicos que esta firma possui, a ponto de serem conhecidos de norte a sul deste nosso Portugal, mercê de sua perfeição e solidez de tintos incomparáveis.

A Fábrica de Passamanarias ao Covêlo, de que a firma Silvano Alves Dias Lda. é detentora, é bem conhecida pela sua antiguidade e excelência dos seus produtos.

Benjamim H. de Oliveira é um construtor civil abalizado, bem conhecido na freguesia de Paranhos, com oficinas de carpintaria e metalurgia onde se executam os mais bem acabados trabalhos das suas especialidades.

O Salão Império, sito à rua de Costa Cabral, 465, dirigido pelo habilíssimo técnico sr. Domingos Vasconcelos, que tantos anos emprestou a sua valiosa actividade à casa Sousa Ribeiro, da rua de Stº António, a mais antiga do Porto, é um estabelecimento onde qualquer senhora pode arranjar os seus mimosos cabelos, mantendo-lhes a beleza, o brilho e o encanto como acontece com as suas famosas permanentes! Podemos garantir que esta casa não teme confrontos com as melhores casas do centro da cidade.E já que falamos em cabeleireiros, não esqueçamos outros cabeleireiros de nomeada de Paranhos, a saber: Salão Lilaz, sito a Costa Cabral, 822, onde com aparelhos de permanente Regina Perma e secadores Tourbellon se executam os mais perfeitos trabalhos para regalo das senhoras elegantes; no Salão Correia, na rua da Constituição, 671-1º, também sob a direcção do sr. Álvaro Correia, distinto coiffeur de dames, se trabalha proficientemente em ondulações, mise-en-plis, etc.; o Salão Vale Formoso, é hoje uma casa que marca a posição na sua especialidade, sendo primorosos todos os seus trabalhos. É difícil, por vezes, ser atendida uma senhora não tendo marcado antecipadamente hora! Mais não é preciso dizer!

Em Paranhos também temos algumas farmácias dignas de realce, onde o público pode confiar, pois lá são aviados os receituários com todo o escrúpulo, citemos: Farmácia Sá, a Vale Formoso, 181; Farmácia da Cruz, a Costa Cabral, 1024, etc.

Com respeito a drogarias especializadas e de confiança há várias, como sejam: Drogaria da Cruz, a Costa Cabral, 1696, do sr. Olindo António Leite, um denodado amigo de Paranhos e dos melhoramentos locais; Drogaria Saldanha, a Costa Cabral, 55 e Drogaria Melo, a Costa Cabral, 2828, verdadeira casa de utilidades, onde se vende tudo o que interessa ao ménage, até se consertando máquinas de petróleo, etc.Tinturarias esmeradas, onde se trabalha proficientemente, nestes tempos de economia em que por vezes se quer transformar um fato de gala num de luto, ou um vestido velho num novo, citemos: Tinturaria Sul-Americana, à rua do Ameal, 198 a 208; Tinturaria Parisiense, a Costa Cabral, 89. Ambas estas casas têm filiais no centro da cidade do Porto.

As padarias em Paranhos não têm conta, todas elas higiénicas e asseadas, e meticulosas no seu fabrico. Citemos algumas: Padaria Flor do Lindo Vale, sita à rua do Lindo Vale, 194 e Padaria Esmeralda, a Álvaro Castelões, 67, etc.

Mercearias bem aprovisionadas, temos diversas em Paranhos. Destaquemos as principais: 
  • Joaquim de Oliveira Queiroz, à rua de Vale Formoso, 135;
  • Flor de Liz, à Praça 9 de Abril;
  • Terror do Café, ao Largo do Campo Lindo, 13 e 15;
  • Domingos Fernandes da Silva, ao Largo do Campo Lindo, 44 a 48; 
  • Henrique Vasconcelos, à rua Vale Formoso, 14; 
  • Casa Capuchinho, à rua Antero de Quental, 740-746; 
  • Tomaz Dias Ferreira, à rua de S. Dinis, 858; 
  • Parque do Amial, à rua do Amial, 75 a 8(?); 
  • Casa Ideal, à rua de Costa Cabral, 1096; 
  • Casa S.Tomé, à rua de Costa Cabral, 1855; 
  • O Dragão Africano, à rua do Amial, 1223; 
  • Mercearia do Sr. Manoel d’Almeida Graça, à rua de Costa Cabral, 2864, junto à Circunvalação, com cereais, louças, etc., com outro importante estabelecimento no nº1136;
  • Casa da Bahiana, à rua Costa Cabral, 400 a 404, com secção de cervejaria e vinhos à travessa nº742 do sr. Carlos Gomes, sem ser o autor do Guarany; 
  • Mercearia Elite, à rua de Costa Cabral, 2104, do sr. Mateus Matias dos Santos Júnior, um propugnador dos melhoramentos locais; 
  • Mercearia Jacinto, à rua de Costa Cabral, 2031, notando que o sr. Jacinto Correia também podia estar na rua de S. João, tal o volume das suas transacções; etc, etc.


Restaurantes propriamente ditos em Paranhos é que poucos conhecemos, destacando a Casa Amaro à rua do Capitão Pombeiro, 23 a 31. bons petiscos, bem cozinhados e com asseio. E já lá diz o povinho: Toda a gente me aconselha (por eu não querer comer caro): – Petiscos de trás da orelha Só na «Casa Amaro».E o protagonista que o diga, pois quando da sua visita saboreou lá um arroz de frango de truz!De solas e cabedais, há uma casa na comprida rua de Costa Cabral, 2155, onde felizmente há de tudo, pertencente ao sr. Domingos Abreu.Casas de utilidades temos algumas em Costa Cabral, não muitas. Destaquemos a do sr. José Rodrigues, próximo ao Marquês, nº64.

Com respeito a casas de miudezas, tecidos, malhas, etc., também há alguma coisa em Paranhos. Vejamos: Casa Aguiar, à rua Vale Formoso, 134, especializada em camisas e gravatas, onde se forram botões e fivelas, com secção de apanha de malhas em meias a cargo de uma técnica especializada. Neste estabelecimento, propriedade do sr. José Silva Aguiar, estimado regedor de Paranhos, vendem-se as últimas criações da deusa Moda. Senhora elegante, para seu interesse procure a Casa Aguiar.

A Poveirinha, do sr. José Marques, sita à rua de Álvaro Castelões, 5, é uma loja onde se encontra um grande sortido de lãs e algodões D.M.C. e lenços de mão.Não podemos deixar de fazer referência à casa de tecidos e miudezas da Exma. Srª D. Maria Carolina de Sousa Ferreira, onde as senhoras depois de por vezes terem corrido muitas lojas a procurar um determinado artigo, lá o vão encontrar, com as características desejadas. É perguntar pela loja da Mariazinha em Álvaro de Castelões!

Também em Paranhos temos uma fábrica de tecidos de arame, a Lusa dos herdeiros e filhos do empreendedor industrial que foi o sr. J. Monteiro de Sousa. Os seus artigos impõem-se pela solidez e bom acabamento!

em ‘O Jornal Lusitano’, Novembro de 1952 


VISTA AÉREA DA ZONA RESIDENCIAL E INDUSTRIAL DE PARANHOS

1939-1940

 

Desde a Fábrica de Tecidos de Seda do Bompastor (Nordeste, n.º 731), na Rua 9 de Abril, à Rua do Zambeze (Sul). Identificando-se também, pequenos aglomerados de "ilhas"; a Companhia Lusitana de Fósforos (n.º 285), na Rua Silva Porto; a Direcção dos Serviços Mecânicos de Limpeza Pública (antigo matadouro) e a fábrica de passamanarias Guilherme Voss (n.º 311), na Rua de S. Dinis; o Reduto das medalhas, nos terrenos do Quartel do Regimento de Sapadores Mineiros (Quartel do Bom Pastor) constituído por 1 Companhia de Sapadores Mineiros, 1 de Pontes Divisionárias e 1 Secção de Condutores e Parque



VISTA AÉREA DA ZONA RURAL E INDUSTRIAL DE PARANHOS


1939-1940


Desde o Jardim da Arca D'Água (rodeada de palacetes, Praça 9 de Abril a Nordeste), à Rua do Vale Formoso (Sudeste). Identificando-se, a fábrica de cartonagem, a Primorosa (n.º 131) e o Lavadouro público, na Praça Nove de Abril; a Fábrica de Tecidos do Bompastor, Ltd. (n.º 731), na Rua 9 de Abril; o Quartel dos Sapadores Mineiros (o reduto das medalhas) e o Convento do Bom Pastor (n.º 409), na Rua do Vale Formoso; vendo-se também pequenos aglomerados de ilhas nas artérias envolventes.
http://gisaweb.cm-porto.pt/units-of-description/documents/587789/?



FÁBRICA DE TECIDOS DA AREOSA

Fábrica de Fiação de Tecidos da Areosa, no Porto, que tinha sido fundada por Pantaleão Dias e Lobão Ferreira, foi comprada por Manuel Pinto de Azevedo, em 1920, tornando-a uma das mais importantes na cidade do Porto, pela importância social e sua dimensão fabril, fazendo dela um símbolo de referência nacional.
Importa referir que Manuel Pinto de Azevedo era um homem atento às inovações tecnológicas e compreendia perfeitamente os princípios da produção em massa. Como tinha sido operário, foi mais sensível às condições de vida dos seus empregados e da protecção aos meios de produção (menos acidentes e boas condições de trabalho é igual a melhor e mais produção). Daí, talvez, o apoio (não identificado) a um corpo de bombeiros nas imediações da Fábrica da Areosa, que se vê em acção no filme, e a construção de um bairro para os seus funcionários, que ainda hoje existe e pode ser visitado. Trata-se do Bairro da Areosa, com entrada pela Estrada da Circunvalação, junto à Rotunda da A3, por detrás do Instituto Politécnico do Porto.




Companhia Lusitana de Fósforos



A data de Junho de 1925 marcou uma mudança significativa no sector fosforeiro português, pois, é dado como terminada a concessão estatal que durante 30 anos concedeu exclusividade de mercado à Companhia Portugueza de Phosphoros. Abria-se, deste modo, a actividade industrial às empresas que se constituíssem para o efeito, com a condição de o Estado ter uma participação de 25% do capital social. 

Neste âmbito, em Março de 1926, nasce a Sociedade Nacional de Fósforos (SNF) que herda os alvarás da extinta Companhia Portugueza de Phosphoro. 

De acordo com dados recolhidos esta sociedade era constituída por uma extensa linha de produção que integrava todos os trabalhos de produção, desde o corte e tratamento da madeira, à realização da “massa” dos fósforos e respectivo embalamento, tornando, assim, possível combater a concorrência das outras unidades que entretanto surgiram, a Fosforeira Portuguesa de Espinho e no Porto a Com­panhia Lusitana de Fósforos - Rua Silva Porto, Paranhos e a Companhia Continental de Fósforos, Rua do Ouro em Lordelo.

Em 1967, a Companhia Lusitana de Fósforos, foi integrada na Sociedade Nacional de Fósforos, para a qual o arquivo e parte do pessoal foi transferido, encerrando em 1993.








Leitaria Quinta do Paço - 1920


A Fábrica em Paços de Ferreira
Em 1920 a Leitaria da Quinta do Paço inicia a produção de leite, manteiga, queijo e chantilly. A Leitaria da quinta do paço, da família Aranha Furtado de Mendonça, situava-se na freguesia de Eiriz, Paços de Ferreira, local onde era recolhido o leite, fabricado o bom queijo, iogurtes, manteiga e derivados que depois eram levados para a comercialização.

Chegada das leiteiras, após distribuição,
 pela Rua de Armando Cardoso
Rua da Ribeira Grande
Um dos pontos de recepção para distribuição localizava-se na Freguesia de Paranhos, na Rua da Ribeira Grande. À época afirmou-se como a primeira empresa do sector a distribuir leite pasteurizado em garrafas de vidro, numa altura em que a distribuição era feita em bilhas que as vendedoras do Porto transportavam à cabeça.



 Ano após ano foi ganhando fama e impondo a qualidade dos seus produtos que se mantém até hoje. A manteiga com sal vendida ao peso, na embalagem de papel vegetal, continua a ser um clássico, bem como os queijos e o chantilly.

Yogurte


Vista aérea do Hospital escolar

 1963

Vista aérea do Hospital de São João, destacando-se a Estrada da Circunvalação e o Bairro da Fábrica da Areosa.


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